A qualidade da relação entre o médico e o paciente é um importante alicerce da carreira dos profissionais da medicina. Ela é determinante não apenas para o sucesso na trajetória do médico, mas também para a tranquilidade no curso dos tratamentos e para evitar problemas legais.
Mas o fato é que, nos últimos anos, as mudanças no paradigma das telecomunicações e a alteração na dinâmica dos atendimentos têm provocado uma gradual deterioração destas relações. Com agendas cada vez mais concorridas, o tempo disponível para a escuta e investigação das necessidades de cada paciente vêm se reduzindo. Por outro lado, o acesso a múltiplas fontes de informação (muitas vezes de procedência duvidosa) está munindo os pacientes com desconfiança e ceticismo, levando a uma desvalorização do papel dos profissionais da saúde.
Estes fatores causam uma instabilidade que pode ser prejudicial para ambas as partes. Por isso, é muito importante desenvolver estratégias para resgatar a qualidade das relações com os pacientes e, assim, criar um ambiente de confiança e empatia.
Para te ajudar nesta tarefa, separamos 5 dicas para melhorar a relação com o paciente, extraídas de um estudo realizado por médicos pesquisadores da Universidade de Stanford. Veja a seguir!
1. Prepare-se para cada paciente
Antes de cada consulta, revise o histórico e as queixas do paciente que está para entrar em seu consultório. Esta prática ajuda a tornar o tempo com cada um deles muito mais significativo e producente. Além disso, vai ajudar a nutrir confiança do lado de lá, uma vez que sentirão que seu atendimento é individualizado e prioriza suas necessidades específicas.
Mas e quando se tratar da primeira consulta de um paciente? Basta estipular uma rotina em que sua equipe de atendimento colete dados básicos acerca de histórico e queixas no momento da marcação da consulta.
2. Pratique a escuta e comunicação não verbal
Um importante fator para a qualidade da relação médico-paciente é o paciente sentir-se relevante. Para isso, crie o hábito de escutar atentamente ao que ele diz. Enquanto isso, utilize comunicação não verbal para conectar-se a ele: incline-se em sua direção e olhe em seus olhos enquanto ele fala. Sempre que possível, deixe eventuais anotações para depois.
3. Descubra o que importa para ele
Para que o paciente se sinta acolhido, identifique quais são suas maiores preocupações e faça delas prioridade no tratamento. Ainda que outros sintomas ou doenças importantes precisem ser tratados, não se esqueça de focar no que é mais importante para ele.
4. Conheça a história do paciente
Muitos pacientes sentem-se responsáveis e até mesmo culpados por suas condições de saúde. Assim, conhecer sua história e determinar o que levou ao desenvolvimento dos sintomas e doenças que trazem preocupação é fator-chave para o tratamento. Além disso, reconhecer e celebrar seus sucessos e esforços também é importante, para oferecer reforço positivo e demonstrar empatia, fomentando uma relação de honestidade e confiança.
5. Reconheça sinais emocionais
As emoções desempenham importante papel no desenvolvimento e na luta contra muitas doenças. Por isso, reconhecer quais sentimentos e angústias fazem parte do quadro de saúde e validar estas emoções é importante para ajudar seu paciente a se sentir amparado.
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